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“DEPOIS DE UM LONGO INVERNO”

O CPM 22 chega ao seu sétimo disco e a palavra que melhor resume esse trabalho é “maturidade”. Depois de 4 anos do lançamento de “Cidade Cinza” em 2007, a banda volta com aquele que pode ser aclamado como seu melhor disco até hoje. A  expectativa dos fãs finalmente será saciada com um disco repleto de influencias de punk, hardcore e ska. O melhor de tudo é que o CPM 22 continua fiel às suas raízes. É aquela mesma banda que começou lá pelos idos de 1998 quando lotavam o Hangar ( o primeiro templo do hardcore em SP). A banda está com a mesma pegada que nos remete à referencias de Clash, Ramones, Misfits, Stiff Little Fingers, Sham 69 e Pennywise, dentre tantas influencias do bom e velho punk rock. O vocalista Badaui é o mestre das palavras, em seu discurso elas ganham ênfase. Esse lance de trabalhar o poder das palavras vem de seus mestres da década de 80 e do nosso punk brasileiro. De Marcelo Nova do Camisa de Venus, a Redson do Cólera e Clemente dos Inocentes, o estilo vocal de Badauí cantar e proferir as palavras está enraizado nesses ícones do rock brasileiro.  Em termos de formação o CPM 22, mantém um dos melhores times de músicos do rock brasileiro. O baterista Japinha  é um dos melhores dessa nova geração do rock brasileiro a partir dos anos noventa, é preciso e pega literalmente pesado. Os riffs de guitarra de Luciano Garcia tem a fúria de um Steve Jones do Sex Pistols, enquanto o baixo do Fernando completam a cozinha perfeita ao lado das baquetadas do Japinha.

Um lado irresistível desse novo disco é com certeza as faixas com uma levada de ska, um dos ritmos mais empolgantes do rock de todos os tempos. A história do ska vem da Jamaica na década de 60 e foi adotada pela geração punk do final dos anos setenta como The Clash, depois The Specials e Madness, que fizeram do ska um movimento musical dos anos 80. Foi mais popularizada por bandas como Police e aqui no Brasil pelos Paralamas do Sucesso. A galera do CPM 22 sempre adorou resgatar esse lado agitado do ska pras suas canções e tudo ganha uma forma vibrante e dançante como fazem os americanos do Rancid até hoje, misturar ska com The Clash.

Abaixo um faixa a faixa de “Depois de Um Longo Inverno”

01) O disco abre com “Abominável” num tom de marcha punk, o trem CPM 22 entra nos trilhos numa viagem  massacrante, onde a letra já afasta as más vibrações.

02) Vida ou Morte – Esse é o primeiro ska do disco, que mistura deliciosos arranjos de  trumpete, trombone e saxofone  e aquele dançante teclado característico do genero.

03) Filme que eu nunca vi – As bases de guitarra que abrem a música tem aquela referencia Sex Pistols, marcante e precisa enquanto a letra discute  valores e crenças do ser humano.

04) Hospital do Sofredor – A música começa numa levada digamos “Ramonica” com uma pitada de hardcore e a letra bem humorada questiona os sofrimentos  como  no refrão “Quase enfartei  no auge da minha dor/Quase me internei no hospital do Sofredor/Eu me desesperei nem remédio adiantou, mas forte suportei, acabou

05) Cavaleiro Metal – Um dos melhores arranjos desse disco, também vai naquela onda do ska com a sessão de metais atacando já desde o início da música.A letra fala de um perdedor que fez de sua vida uma tragicomédia. Pensando bem essa letra se encaixa numa série de tipos que nos deparamos ao longo de nossas vidas.

06) Quem sou eu – essa é uma composição do Badauí, letra e música, as anteriores  são do Luciano Garcia. Tem a marca hardocore/punk  do bom gosto do autor que quebra num refrão à la Ramones e depois retorna ao hardcore e questiona de forma inteligente um relacionamento e sugere aquela velha e infalível  formula de que a união faz a força.

07) Na medida Certa – Essa canção traz uma carga de influencias oitentistas e ao mesmo tempo flerta com riffs de indie rock, mas em momento algum se prende a isso, pois tem a cara e a marca do som do CPM 22.

08) Um pouco de paciência – Mais centrada numa sonoridade dos anos 90 e com uma pegada hardcore com riffs na onda  Foo Fighters, resulta num pop punk  daqueles pra tocar no rádio e sair cantando  versos como “ E voce por favor não me pressione assim/ Eu não sei desconheço ainda não aprendi/Outra forma de lidar com a situação

09) Sofridos e excluidos -  O tecladinho ska que abre a música é irresistível, lembra as canções do inicio da carreira dos Paralamas que falavam da vida difícil das pessoas, tipo “Alagados”, numa leitura  hardcore na linha CPM 22, grande letra, talvez uma das melhores desse disco.

10) Nova Ordem – Retomando a linha punk hardcore  em quase dois minutos tá dado o recado, “a nova ordem é viver,  olhar pra frente”

11)  CPM 22 – Um surpresa bem agradável nesse disco do CPM22 é essa faixa quase auto-biográfica da banda, uma forma pra lá de simpática de agradecer aos fãs por esses 15 anos de carreira. Uma maneira interessante de aproximar cada vez mais o CPM 22 de seu público e deixá-los mais à vontade ainda ao ouvirem esse novo  disco. Aliás a música retrata muito dessa maturidade da banda que foi citada lá no inicio, o som deles está sintonizado com tudo que acontece nos dias de hoje.

12) Minoria – Esse é outro exemplo do crescimento musical e a expansão de referencias e sonoridades, num certo momento de “Minoria” entra um solo de cello que dá um ar moderno e ao mesmo tempo ousado.

13) Março 76 – Uma letra bem mais auto-biográfica em que Badaui relata momentos de sua vida, “Nascido em São Paulo, março fim dos anos 70 em plena ditadura militar,  aos 12 ouvia Ramones, aos 15 ainda moleque, descobri que a vida não era simples, roubaram o nosso país!” Um retrato de sua sobrevivência aos trancos e barrancos, mas de certa forma exaltando um nacionalismo e a escolha de continuar vivendo nesse Brasil.

É um disco rico em sonoridades e instrumentos diversos, além dos tradicionais baixo, guitarra e bateria. Os saxofones,trumpetes e trombones foram responsabilidade de Fernando Bastos, Paulinho Viveiro e Tiquinho. Mauricio Takara tocou Vibrafone em “CPM 22” e “Filme que eu nunca vi”. Patricia Ribeiro fez o solo de cello maravilhoso  de “Minoria” e Daniel Ganjaman foi responsável pelos sensacionais arranjos de órgão  Hammond, piano e arranjos de metais.Backing vocals e vocais adicionais ficaram por conta de Neli Giogi e Phil Fargnoli.

Três palavras resumem bem o álbum “Depois de Um Longo Inverno”, surpreendente, renovado e cativante. Esse é o CPM 22, que todo  fã esperava, não decepciona em momento algum, atira em novas direções sem perder o foco e acima de tudo vem com letras inteligentes. Se muitos reclamam que o rock brasileiro está carente de bons letristas, o CPM 22 volta com um disco cujo discurso questiona muitos dos nossos valores sociais que ficaram esquecidos de uns tempos pra cá e mostra para nova geração um novo caminho pra que todos cresçam, assim  como eles conseguiram nesse sétimo disco e como falei anteriormente o melhor da carreira do grupo.

Site: http://cpm22.uol.com.br/

Áudio: Hospital do Sofredor

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Áudio: Vida ou Morte

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CPM22 Vida ou Morte (mp3)

Hospital do Sofredor (mp3)

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