A vida não é fácil para quem faz rock no Brasil. Duplamente difícil se trafegar pelo pop rock. Triplamente difícil se cair no gosto do público. Esse é o resumo da história de sete anos do Caps Lock, que lança seu segundo CD agora, “Fazer Diferente”. A resposta vem em forma de música. E aí, surrupiando o título do trabalho, o grupo nascido em Piracicaba faz toda a diferença.
Nascido Supernova, em 2003, entre os irmãos Max (vocal) e Sté (guitarra), carregava influência de rock britânico, como Oasis, e de conjuntos clássicos como Guns N´Roses e AC/DC.
Festivais escolares, garotões – Max tinha 17 anos, Sté, 15 e Carlinhos, 13 –, a mudança de nome e pegada veio em 2005, quando Thiago assumiu o baixo.
Gravaram CD demo, mandaram para alguns produtores, e Rick Bonadio viu potencial nos meninos para converter em realidade o que se ouve hoje nos dois trabalhos lançados.
O primeiro, “Um Pouco Mais”, teve três músicas que estouraram: a faixa que dá nome ao álbum, “É Claro” e “A Vida não Para”. E obrigaram os quatro integrantes a deixarem o interior de São Paulo e se mudarem “para a van”, como brinca o vocalista Max, de onde saem para fazer shows por todo o Brasil e atender a vários compromissos na capital paulista.
E entre as influências como Supernova e o que fazem como Caps Lock a música só ganha corpo, depois de um ano e meio na estrada.
Ainda estão presentes os acentos de power pop com rock britânico de batidas retas. A música que abre o disco é belo exemplo disso, “Pode o Sol Sair”, pegada com direito a pa‐pa‐pá em coro.
Áudio: Pode o Sol Sair
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